segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Revista de Imprensa 2007

O que a Comunicação Social Local e Regional referiu sobre as polémicas construções ao longo do ano de 2007:









Ainda foi publicado outro artigo em 01 de Agosto de 2007 sobre a área, ao qual não foi associada na altura estas construções.

Diário de obra - semana 1

Todas as semanas irão ser mostradas imagens dos avanços das obras no local do Projecto 274/06 da Sociedade de Construções H.Hagen.
Assim ao alcance de um click podem ser vistas as transformações de toda esta área.








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Noticia do dia (Powerd by RTP):
Comboios: CP encurtou tempo viagem na linha Braga/Porto e criou cinco ligações mais rápidas nas horas de ponta
Braga, 30 Mar (Lusa)- A CP arrancou, hoje, na linha de Braga, com horários que encurtam o tempo de viagem entre esta cidade e o Porto através de mais comboios e com cinco ligações mais rápidas nas horas de ponta, anunciou a empresa. Segundo fonte da CP "foram acrescentados nove comboios diários, nomeadamente nos percursos Porto/S.Bento-Braga, mais um comboio; Famalicão - Braga mais cinco comboios; e Braga - Famalicão, mais três comboios". "Como resposta às necessidades dos passageiros que efectuam deslocações pendulares entre o Porto e Braga, foram reduzidos os tempos de viagem em cinco ligações. Menos 10 minutos nos comboios das 07:44 e 17:13, no sentido Braga/Porto e, no sentido inverso, menos 13 minutos no comboio das 06:25, menos 16 minutos no das 07:25 e menos 9 minutos no das 18:25". "O novo horário resulta de uma solução de compromisso de redução de tempos de percurso, entre 9 e 16 minutos, através da eliminação de paragens intermédias, colmatada com a introdução de novos comboios para manter o mesmo nível de oferta nas paragens suprimidas", acentua a empresa estatal. Para a concretização da oferta, - acrescenta - "a unidade de comboios urbanos do Porto viu o seu parque de material automotor reforçado com quatro unidades triplas eléctricas". A CP recorda que "a implementação de qualquer nova oferta na linha de Braga está condicionada por dois constrangimentos da infra-estrutura (troço de via única na Trofa e troço muito congestionado entre Ermesinde e Porto-Campanhã), bem como os cruzamentos de nível da linha do Minho com a linha de Guimarães, em Lousado, e com a Linha do Douro, em Ermesinde". Acentua que "qualquer solução terá de contemplar toda a região a Norte do Douro, melhorando quer as ligações pendulares de e para o Porto, com as correspondências às viagens de Longo Curso em Campanhã, quer garantindo o serviço local ao longo das linhas, tendo em vista, nomeadamente, a melhoria contínua do serviço prestado na Linha de Braga". Garante a CP que "não obstante estas dificuldades, novas soluções continuam a ser estudadas para toda a região a norte do Douro que inclui, obrigatoriamente, quer o serviço Urbano quer serviços Regionais da Linha do Douro até à Régua e Pocinho e da Linha do Minho até Viana do Castelo, Valença e Vigo". As alterações introduzidas na linha Braga/Porto foram bem recebidas pela Comissão de Clientes da Linha Braga-Porto, que saudou, nomeadamente a redução para 50 minutos de uma viagem de manhã e de outra ao final da tarde. Os utentes reclamaram, sexta-feira, em conferência de imprensa, que a CP disponibilize mais dois comboios rápidos, nos dois sentidos, entre ambas as cidades, em horas de pontas. A Comissão revelou que a petição que reclama viagens em 40 minutos já ultrapassou as seis mil assinaturas.
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Este espaço tem o patrocínio exclusivo do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Agradecimentos:
Câmara Municipal de Setúbal
Sociedade de Construções H.Hagen
Foi a Noticia do Dia escolhida pelo Jornal Fonte do Lavra – Sempre a proporcionar experiências únicas aos nossos visitantes.

sábado, 29 de dezembro de 2007

Só de escadote ...

Como se não bastasse a ausencia de identificação no local do Projecto 274/06 durante 17 meses, agora enconderam-na por detrás da vedação de toda a zona de obra.
No entanto com o auxilio de um escadote pode ser vista a referida placa identificadora.






O que uns escondem, outros denunciam ...

2º Aniversário

Será mera coincidência, ou esta pressa desmedida que ultrapassa toda a razoabilidade tem a ver com o 2º aniversário da celebração em 30/12/2005 do Contrato-Promessa de Compra e Venda de terreno propriedade do INH.

Segundo informação recolhida pelo Jornalista do Correio de Setúbal e publicada na edição de 29 de Dezembro.

(...) A autarquia explica, por seu lado, que “foi dada apenas autorização de ocupação da via pública para instalação do estaleiro de obras”. A mesma fonte confirma que a “empresa aguarda pela licença de obras” que poderá “ser assinada pela presidente da edilidade a qualquer momento”. (...)

Segundo informações obtidas pelos moradores no passado dia 20/12/2007 a licença já tem número, mas ainda não pode ser tornada pública enquanto não estiver assinada pela Sra. Presidente Maria das Dores Meira, por motivo de férias do Sr. Vereador do Pelouro do Urbanismo André Martins, o que segundo informações prestadas pelos serviços da CMS deveria ter ocorrido dia 26/12/2007.

Os contratos são para cumprir e os prazos impiedosos, com os riscos inerentes para os incumpridores e as prorrogações tem de ser justificada e aceites.

As férias judiciais, o período festivo em que os moradores andam mais desatentos e em que muitos se ausentam, ajudaram quem pretendeu avançar rapidamente sem ser objecto de qualquer impedimento de maior.

A única ocorrência digna de registo, deu-se durante a noite de 26 para 27, quando desconhecidos arrancaram e deslocaram alguns dos pilares das vedações que tinham sido colocados durante a tarde do dia 26, dia em que começaram a ser montadas as vedações do Projecto 274/06 da Sociedade de Construções H.Hagen pela empresa de vedações Joveda - Vedações,Lda.

O que consta no referido contacto:

CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE TERRENO PROPRIEDADE DO INH, CLEBRADO NOS TERMOS DO CONCURSO PÚBLICO N.º 2/DGS/05, ABERTO NO AMBITO DE UM CONTRATO DE DESENVOLVIMENTO PARA HABITAÇÃO

Entre:

O INSTITUTO NACIONAL DE HABITAÇÃO, pessoa colectiva n.º 501460888, com sede na Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, n.º5, em Lisboa, adiante designado por INH, (...) “HAGEN IMOBILIÁRIA E SOC. DE CONSTRUÇÕES H.HAGEN EM CONCORCIO”, adiante designado por PROMOTOR, (...) é celebrado o presente contrato-promessa de compra e venda que se rege pela lei geral e pelas cláusulas seguintes:

O INH, tendo por base o quadro dos direitos, obrigações e deveres do PROMOTOR emergentes da sua proposta de 28 de Setembro de 2005, com a referencia “Concurso Publico n.º2/DGS/05 – venda de 1 lote de terreno para construção de 33 habitações de custos controlados, na Av. D.Manuel I, em Setúbal, no âmbito de um contrato de desenvolvimento para habitação” e do contrato de constituição do consórcio supra referido, promete vender nos termos e condições adiante referidos, à sociedade comercial “Hagen Imobiliária, SA” e esta promete comprar-lhe pelo preço (...) , o terreno identificado na clausula seguinte.

O terreno objecto do presente contra-promessa, o qual irá ser constituído em lote, até à data de celebração da escritura do contrato prometido, é o que se encontra assinalado na planta que constitui o anexo I, do presente contrato e que dele é parte integrante.

(...)

3 – Caso a escritura do contrato prometido não seja celebrado no prazo fixado neste contrato, por motivos alheios ao INH, e este conceda a prorrogação do referido prazo, a parte do preço de venda do lote de terreno em dívida, resultante do eventual aumento da área de construção, ficará sujeito a actualização em função da variação do índice dos preços no consumidor, sem habitação, no continente.

4 – Caso sejam introduzidas alterações no projecto aprovado que conduzam a um aumento da área bruta de construção posteriormente à celebração do contrato de compra e venda do lote de terreno, o PROMOTOR obriga-se a pagar ao INH o preço correspondente ao referido aumento da área, o qual será calculado de acordo com o estabelecido no número um da presente cláusula.

1 – O PROMOTOR compromete-se a executar nas condições previstas no programa de concurso e no caderno de encargos do Concurso n.º 2/DGS/05, os projectos de execução dos edifícios, das infra-estruturas em falta e dos espaços exteriores, relativos ao terreno afecto ao empreendimento, bem como promover as obras respectivas incluindo as ligações às redes públicas.(...)

1 – A escritura do contrato de compra e venda do lote de terreno será celebrada no prazo máximo de 9 (nove) meses contados da presente data, em dia e cartório a indicar pelo INH, que notificará por carta registada, o PROMOTOR, com a antecedência mínima de 30 dias.

2 – O prazo referido no número anterior poderá ser prorrogado pelo INH, mediante pedido do PROMOTOR, devidamente justificado. Em caso de incumprimento por parte do PROMOTOR, o presente contrato poderá ser imediatamente rescindido pelo INH.

Os projectos de arquitectura dos edifícios só poderão ser alterados mediante aprovação do INH.

1 – As obras deverão ter inicio no prazo máximo de 6 (seis) meses e estar concluídas no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, ambos a contar da data da celebração do escritura do contrato de compra e venda.

2 – O INH poderá no entanto, aceitar a prorrogação dos prazos referidos no número anterior, em casos devidamente justificados.

3 – Caso o empreendimento não seja concluído no prazo referido no n.º 1, com as eventuais prorrogações, o INH poderá exercer o direito de reversão da propriedade do lote de terreno e das benfeitorias nele entretanto realizadas, não tendo o PROMOTOR direito a qualquer indemnização, sem prejuízo do disposto nos n’s 4.8 e 4.9 do caderno de encargos. (...)


Lisboa, 30 de Dezembro de 2005

O INH

O PROMOTOR

Alguem pensou nos deficientes motores, crianças e idosos?

Com as vedações colocadas no Projecto 274/06, podemos ver o IMPACTO REAL de tal estrutura. As vedações foram colocadas a 90 cm da faixa de rodagem, mas a porta de obra do Bloco n.º 3 está colocada a 61 cm. Numa Avenida em que é frequente os veículos que a descem, circularem acima dos 50 Km/h, poderá também pesar na consciência de quem licenciou tal distancia mínima (60cm da faixa de rodagem), qualquer atropelamento que aí ocorra quer de idosos, de deficientes motores ou de crianças.

Em 11/10/2007, M.S.C. da divisão de controlo de op.urbanísticas deu a seguinte informação técnica:
(...) ponto c) zonas pedonais deverão ser dimensionadas de acordo com o máximo fluxo previsível de peões, respeitando de qualquer modo uma largura mínima de 60 cm. (...)
Considerando que o tamanho normal das cadeiras de rodas é 63 cm, fica a pergunta: irão colocar um sinal em que não será permitido circular em cadeira de rodas? Tinha piada!

Para além disso, que fazer para ultrapassar este obstáculo em cadeira de rodas ou com carrinho de bebé. Existem várias crianças de tenra idade entre os moradores desta zona e tambem deficientes motores que se deslocam em cadeira de rodas.


E que será dos idosos que quase todos os dias subiam esta rampa, para ir alegrar a vista com o Estuário do Sado, ao longo das Escarpas de S.Nicolau?


"Horizontes da Memória"

Poderia ser mais um programa do carismático José Hermano Saraiva, que tive oportunidade de conhecer numa cerimónia solene em que participei, efectuada no Salão Nobre da Câmara Municipal de Setúbal à já alguns anos.

Trata-se sim de dar também a palavra à outra parte envolvida nas polémicas construções - a Câmara Municipal de Setúbal.

Foi com este pequeno relatório que a Câmara Municipal de Setúbal explicou a situação existente aos moradores:

I - ANTECEDENTES

Os terrenos de que o IHRU é proprietário no Bairro de Santos Nicolau integram-se na área delimitada, em 1973, para o Plano Integrado de Setúbal (PIS), cujo Plano Geral, elaborado no Fundo de Fomento da Habitação (FFH) e aprovado em Maio de 1978, por despacho do então Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo, previa já uma operação de reconversão daquele Bairro e da sua zona envolvente, incluindo uma intervenção na Escarpa de Santos Nicolau, no sentido de fazer inverter o acelerado processo de degradação em que se encontrava.

No âmbito desta grande intervenção previa-se já a criação de um importante eixo viário que, em passagem elevada sobre a Av. D. Manuel I, ligaria o Bairro de Santos Nicolau à Bela Vista (fig.1).

Os trabalhos de planeamento urbanístico posteriormente desenvolvidos pelo FFH para a zona encontram-se reflectidos no desenho que propunha uma intervenção na área do Bairro de Santos Nicolau, a levar a cabo no ano de 1986, em que é claramente visível a afectação para construção (de habitação) dos terrenos adjudicados em 2005, através do Concurso Público (CP) 2/DGS/05, para construção de habitação de custos controlados (fig.2).

Com a criação do IGAPHE, em 1987, todos os terrenos do extinto FFH transitaram para o Instituto recém-criado, e com eles os terrenos agora afectos aos CP 2/DGS/05 e 1/DGS/06.

Prosseguindo os propósitos delineados pelo FFH, o IGAPHE, no final dos anos oitenta, em parceria com o Município de Setúbal, lança um concurso de concepção-construção para, concomitantemente com a urgente consolidação e tratamento do talude da escarpa de Santos Nicolau, eleger uma proposta de projecto para a travessia desnivelada da Av. Belo Horizonte sobre a Av. D. Manuel I, bem como a elaboração de um Estudo de Pormenorização Urbana da Escarpa de Santos Nicolau, que incluia também a zona nascente da escarpa da Bela Vista.

A solução escolhida pelo IGAPHE em parceria com a Câmara Municipal de Setúbal, previa que os terrenos afectos ao CP 2/DGS/05 ao CP 1/DGS/06 fossem ocupados com dois conjuntos habitacionais, que constituiriam o remate sobre a Av. Belo Horizonte do tecido urbano que, naturalmente, tinha vindo a crescer de um lado e doutro Av. D. Manuel I.

Quando, em 1995, se chegou à versão final de Revisão do PIS, encontrava-se já consolidada a Escarpa de Santos Nicolau, concluída a sua plantação e ajardinamento e executado o prolongamento da Av. Belo Horizonte ao longo do Bairro de Santos Nicolau, sem que, no entanto, tivesse sido feita a sua ligação à zona da Bela Vista em passagem desnivelada.

Tendo em conta o estudo urbanístico decorrente do concurso de concepção-construção elaborado para a Consolidação da Escarpa de Santos Nicolau, a Revisão do PIS, naturalmente, continuou a prever a construção de habitação nos terrenos hoje afectos aos CP 2/DGS/05 e 1/DGS/06 (fig. 3).No PDM de Setúbal (Art.º 108º ), a área abrangida pelo Plano Integrado de Setúbal corresponde à UOP 1 (Unidade Operativa de Planeamento), com responsabilidade de gestão urbanística atribuída ao IGAPHE, que a exercia tendo como referência a Revisão do PIS. Assim, por inerência, a intenção de construção nos terrenos em causa transitou para o PDM.

Para implementação do previsto no PIS, para os terrenos correspondentes ao CP 1/DGS/06 foi elaborado, em 1992, um loteamento que respeitava o proposto no Estudo de Pormenorização Urbana da Escarpa de Santos Nicolau (fig. 4), loteamento esse que foi aceite pela Câmara Municipal de Setúbal e registado na 2ª Conservatória do registo Predial de Setúbal em Dezembro de 1993, mas que não chegou a ser implementado.

No fim dos anos noventa, com a comparticipação de fundos do II Quadro Comunitário de Apoio, foi finalmente executada a ligação entre Santos Nicolau e a Bela Vista, em passagem desnivelada sobre a Av. D. Manuel I, unindo os dois troços da Av. Belo Horizonte já existentes.

Em 2001, já com o viaduto sobre a D. Manuel I executado, foi elaborado um novo estudo de conjunto para a ocupação habitacional dos terrenos a nascente e a poente desta avenida, para completamento e remate do tecido urbano a norte da Av. Belo Horizonte. Procurava-se também com esta intervenção estabelecer uma articulação entre as frentes construídas das duas avenidas, quer em termos de escala e volumetria, quer em termos de acessos pedonais.

Tendo em atenção o estabelecido no n.º 4 do art.º 7º do Dec-Lei 555/99, de 16 de Dezembro, em contacto com os serviços técnicos da Câmara Municipal de Setúbal, foi promovida a articulação deste estudo com as opções tomadas em sede da elaboração do Plano de Pormenor de Santos Nicolau, cujos trabalhos entretanto se iniciavam, tendo-se chegado a uma proposta de ocupação urbana para os terrenos em questão que foi aceite pela Direcção Regional de Administração e Ordenamento do Território de Lisboa e Vale do Tejo (DRAOT-LVT), em Março de 2002.

Com base no estudo aceite pela DRAOT-LVT, iniciaram-se os trabalhos de alteração do loteamento em tempos já registado para os terrenos a nascente da Av. D. Manuel I, hoje afectos ao CP 1/DGS/06, e encetou-se a elaboração de um projecto de loteamento correspondente para os terrenos a poente da avenida, hoje afectos ao CP 2/DGS/05.

Este último loteamento mereceu parecer favorável por parte da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDRLVT) em Maio de 2005.

A CM Setúbal condicionou a aceitação deste loteamento a pequenos ajustes, ao nível do estacionamento e dos acessos para situações de mobilidade reduzida, ajustes esses que foram introduzidos no projecto.

A versão final do loteamento foi aprovada por Sua Excelência o Secretário de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades em Julho de 2005, tendo em Agosto do mesmo ano sido lançado o CP 2/DGS/05 para construção de 33 habitações de custos controlados no lote de terreno constituído, concurso este cujo processo foi enviado à CM Setúbal nesse mesmo mês.

Quanto à alteração do loteamento a nascente da Av. D. Manuel I, o seu registo só ficou concluído em Abril de 2006. O CP 1/DGS/06, para alienação de dois dos seus lotes de terreno para construção de habitação de custos controlados, foi lançado em Julho de 2006, tendo, no mesmo mês, sido enviado todo o processo deste concurso à CM Setúbal.

II – Face ao exposto, pode verificar-se que há mais de duas décadas que nos terrenos da Administração Pública em causa, se encontra prevista a construção de habitação, nunca tendo estes terrenos integrado qualquer zona de paisagem protegida.

Também, através dos elementos do projecto de loteamento que se anexam (figs. 5 e 6) pode verificar-se:

- que se encontram garantidas as ligações pedonais entre os vários níveis dos terrenos e vias envolventes dos edificios, tendo as mesmas sido integradas num projecto de arranjos exteriores elaborado para toda a zona de acordo com o preconizado pelos serviços da CM Setúbal. A execução destes arranjos exteriores virá permitir a circulação de peões em muito melhores condições do que as que actualmente se verificam.

- que o acesso às garagens existentes nunca é posto em causa

- que o edifício a construir no alinhamento da banda já edificada sobre a Av. D. Manuel I só terá 6 pisos, dos quais 5 para habitação e um para estacionamento e comércio, acrescendo que, dado o acentuado declive da avenida, a cota da sua cobertura será inferior à que se verifica no prédio imediatamente a norte.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Um presente que não é bem-vindo

No próximo Natal pode ser este o presente que os moradores irão receber, quando se iniciarem os trabalhos de acabamentos do Projecto 274/06 da Sociedade de Construções H. Hagen licenciado pela Câmara Municipal de Setúbal no passado dia 20 de Dezembro.



















As imagem são estas e serão editadas conforme a informação disponível, assim como o tempo que poderei dispor para efectuar os seus melhoramentos.

Ficam também os agradecimentos aos moradores que abdicaram da sua privacidade para permitir a captação de duas das imagens.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

O dia D chegou

Apesar do Projecto 274/06 estar envolto em alguma polémica, existe já um alvará desde 20/12/2007 para que a Sociedade de Construções H. Hagen possa iniciar as obras de construção quando assim o entender. Faltou talvez um pouco mais de empenho por parte da Câmara Municipal de Setúbal em promover o dialogo entre as partes envolvidas, para que não tenham de ser os tribunais a ter a ultima palavra, com todos os custos e atrasos inerentes.
Pela parte dos moradores houve esse empenho, embora por vezes tenha sido mal interpretado.

Fonte do Lavra tambem é nome de rua

Passando facilmente despercebida esta rua aos milhares de pessoas que todos os dias circulam na Rua Dom Pedro Fernandes Sardinha, via bastante movimentada que corta a meio a parte poente do bairro essencialmente por ser passagem obrigatória das carreias urbanas n.º 7 e 8 que servem o bairro, a Rua Fonte do Lavra por ser uma rua sem saída iniciando-se na rua acima mencionada e terminando junto à entrada do Hotel Isidro é uma rua muito pouco utilizada e talvez por isso quase desconhecida. O sinal de transito que tapa a placa com o seu nome vista de certos angulos, tambem não ajuda; bastaria deslocár este sinal de transito cerca de 1/2 metro para a placa ter outra visibilidade.

Gil Eanes dobrou o Cabo Bojador em 1434 ...

... e quem esteve encarregue de colocar em meados de Novembro, as placas com a informação sobre o Programa de Reabilitação Urbana para esta área, dobrou a esquina da Avenida D.Manuel I, afim de colocar uma das placas informativas precisamente na Rua Gil Eanes!
Tudo seria normal, não fora a placa ser referente à "Consolidação e Tratamento de Espaços Públicos - Av. D.Manuel I".

Numa avenida com muitas centenas de metros era de esperar que fosse encontrado facilmente um local apropriado para publicitar estas obras sem ter de recorrer às ruas adjacentes.


Existem mais obras previstas para este bairro, e estas serão sempre bem-vindas pois em muito contribuem para que os seus habitantes tenham uma melhor qualidade de vida.

domingo, 16 de dezembro de 2007

O futuro já tão perto ...

Para os que ainda acham que o futuro pode ser uma 'parede de betão', aqui fica uma primeira aproximação do projecto a construir no local já referenciado anteriormente.


quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Vista actual junto ao Viaduto


Nada será como dantes, após a construção dos 2 projectos habitacionais da Sociedade de Construções H. Hagen - Projecto 274/06 e Projecto 172/07.

Fotos tiradas a bordo do navio "L'Audace" do armador SUARDIAZ, estacionado no Porto de Setúbal no dia 13/12/2007.

Vista aérea nos anos 90


segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Assim se escreve em bom português

Por vezes empregamos as palavras menos correctas quando nos queremos referir a um assunto especifico. Nada como procurar um dicionário para esclarecer as nossas dúvidas:

construir (v. tr.) - juntar diferentes elementos para formar um todo, edificar; dar estrutura a; dispor, combinar partes; arquitectar; formar; traçar (figuras geométricas); dispor as palavras, segundo as regras da sintaxe.

reconstruir (v. tr.) - construir de novo; reedificar; reconstituir; reorganizar; reformar.

reabilitação (s. f.) - acto ou efeito de reabilitar; reaquisição de crédito; regeneração; reabastecimento da saúde ou da capacidade de trabalho de um indivíduo.

Assim, construção é diferente de reconstrução ou de reabilitação. Recordando o meu artigo sobre o Operação de Reabilitação Urbana de Setúbal onde se lê “(...) construção do Parque Infantil da Fonte do Lavra.”, deve querer dizer que irá ser construído um novo parque infantil nesta zona.

Ficamos surpresos, quando no local em que os moradores sempre associaram a um novo parque infantil, apareça de repente a indicação que irá aí nascer um empreendimento imobiliário.

Operação de Reabilitação Urbana de Setúbal

No Sub-programa referente à nossa cidade constante no Relatório Final do Programa de Reabilitação Urbana (2004), pode ler-se:

O Território

A zona de intervenção deste Sub-programa é um território de cerca de 120 ha abrangendo sobretudo locais que correspondem à expansão industrial dos finais do século XIX e primeira metade do século XX.

O diagnóstico ex-ante feito para apoiar a candidatura ao programa, confirmou que o território apresentava uma grande heterogeneidade do tecido urbano, com grandes áreas expectantes e espaços degradados.

Engloba seis bairros sociais, Santos Nicolau, Dias, Alto do Pina, Trindade, Nossa Senhora da Conceição e Belavista, correspondentes a diferentes fases de construção, sendo o último dos anos setenta. São fundamentalmente bairros de realojamento, do IGAPHE, de cooperativas de habitação, de construção a custos controlados, de contratos para desenvolvimento da habitação e de programas de promoção directa. A deslocação desta população para os bairros deveu-se principalmente à expansão industrial, ao êxodo rural e à descolonização. Estas origens diversas, a que em muitos casos falta uma certa cultura urbana, originou um forte desenraizamento e uma fraca agregação social, o que aliado à desclassificação social dos bairros originou graves problemas de pobreza e exclusão. (...)

O desenvolvimento do projecto

Ao contrário do que tinha sido inicialmente previsto, o plano integrado para a zona de intervenção nunca foi levado a cabo e as parcerias público/privado que se pretendiam concretizar não foram tão longe quanto seria desejável devido à muito limitada capacidade financeira dos agentes locais.

Por estas razões, os projectos de intervenção nos espaços públicos foram sendo apresentados de forma pontual, à medida das necessidades que foram surgindo, numa actuação pouco concertada que não teve em conta toda a envolvente. Apesar disto, foram desenvolvidos 18 projectos de Arranjos Exteriores que abarcaram uma área de 40 375 m2, o que face à caótica situação de partida, representam uma certa melhoria no ambiente urbano da zona. Estes projectos incidiram fundamentalmente na recuperação de passeios, pavimentos e criação de lugares de estacionamento.

Quanto aos equipamentos sociais foram desenvolvidos 18 projectos, 10 dos quais destinados a crianças.

Destes, destaca-se a construção do Edifício Pré-escolar da Bela Vista com capacidade para 75 crianças, a instalação de dois ATL com capacidade para 30 e 45 crianças respectivamente, a recuperação da Escola Básica nº 12 da Fonte do Lavra e a construção do Parque Infantil da Fonte do Lavra. Outras intervenções de carácter mais pontual foram o equipamento do Centro Infantil da Quinta Nova e do Centro de Acolhimento de Crianças em Risco, a instalação de equipamento lúdico em quatro Escolas Básicas existentes na zona e benfeitorias noutra escola. (…)

domingo, 9 de dezembro de 2007

Obras nas Escarpas de S.Nicolau

Obras de consolidação das Escarpas de S.Nicolau em 1989

Imagem editada a partir da pagina central da Revista dos Portos de Setúbal e Sesimbra - PORTULANO (Ano I - Numero 1 - Dezembro 1990)

e as mesmas já em estado avançado de execução durante 1990.

Imagem editada a partir de uma pagina publicitária da Etermar - Empresa de Obras Terrestres e Marítimas, S.A

Escarpas S.Nicolau - Anos 80

Imagens anteriores às obras de consolidação das Escarpas S.Nicolau (Barreira) - escarpa em estado virgem!


Imagem editada a partir de uma pagina publicitária da Etermar - Empresa de Obras Terrestres e Marítimas, S.A

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Publicidade versus Património

O Poço da Bela Vista situado junto ao Viaduto sobre a Avenida D.Manuel I foi recuperado pela Junta de Freguesia de S. Sebastião poucos dias antes das comemorações do dia 10 de Junho de 2007 que se realizaram na nossa Cidade, já que esta Avenida iria ser uma das entradas principais para os que nos visitaram nessa data. Faltou talvez colocar uma identificação no local, já que existe um desconhecimento quase total do significado daquela edificação.



Será fascínio o que nos deixa ver um painel publicitário quando nos tapa parcialmente o antigo Poço da Bela Vista, edificação que contribui para a memória do local e também para as referências da nossa Cidade?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Setúbal - Fonte do Lavra - década 60



Fonte do Lavra - uma década de vista aérea

O que mudou na frente ribeirinha de Setúbal e mais em concreto na Fonte do Lavra, pode ser visto nas seguintes fotos aéreas tiradas ao longo de uma década.








terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Esboço do projecto 274/06



Em breve será publicada a imagem deste projecto, inserida na foto publicada nesta postagem.

sábado, 1 de dezembro de 2007

Imagens para a história?

Em 30 de Abril de 2007, quase concluídas as obras para a alteração da localização das condutas de aguas e saneamento para poder ser possível a construção do Projecto 274/06 da Sociedade de Construções H. Hagen, ficam para a memória algumas fotos cedidas por um morador da Fonte do Lavra onde ainda é possível ver uma zona airosa e aprazível. Após a construção do projecto habitacional, será possível ver somente uma ‘parede de betão’.