domingo, 19 de abril de 2009

Cor de muro (Parte II)

Para quem acompanhou passo a passo a construção desta obra emblemática nesta bonita cidade de Setúbal, e numa altura em que já desembrulharam a 'prenda', retirando praticamente todos os andaimes e redes de protecção, acho que posso dar a minha opinião quanto à estética geral desta grandiosa obra, tentando ser o menos tendencioso possível.
O título deste artigo está directamente ligado aquilo que penso que foi uma mudança (no bom sentido) do mau gosto que parecia imperar nos iluminados donos da obra: revestir a quase totalidade do 'Muro' da Vergonha em mosaicos cinza (cor de muro) com algumas faixas pintadas de cor creme (como foi explicado aos primeiros interessados na compra destes apartamentos pelos vendedores da imobiliária que, tem a seu cargo a venda rápida desta vergonha). Andei a protelar a publicação do antigo anterior com o mesmo nome, até ter a certeza que a colocação de mosaicos era irreversível.
Esta vai ser uma má imagem que predurará, enquanto este 'Muro' da Vergonha permanecer de pé.
Tendo em conta que a fachada nascente, virada para a Avenida D.Manuel I, será vista diariamente por milhares de pessoas que cruzam esta via de entrada/saída da cidade, vai ser ser díficil ignorar todas os comentários (certamente negativos) de tão estranha escolha de acabamento. Como pontuação (numa escala de 0 a 20) daria um 6 à fachada nascente e um 8 à fachada poente (só porque está virada para uma rua de pequeno trafego e é de pequena dimensão).
A fachada sul parece-me equilibrada e com um impacto visual normal e para ela vai uma pontuação de 13 valores.
A fachada norte é pouco equilibrada e tem um impacto visual negativo. Faltou alguma variação de cor em paredes com muitas janelas de pequena dimensão. Contudo a nota é positiva - 10 valores.
Opções arquitectónicas estranhas, no meu ponto de vista, de colocar pilares de sustentação dos pisos superiores na fachada nascente, não visível em qualquer prédio em redor, nem tão pouco nas proximidades que, associada à cor de muro, faz com que esta fachada seja um autentico nojo.
A colocação das entradas para o bloco central e nascente na fachada sul é uma opção discutível quer a nível de segurança quer a nível de estética, que pelos vistos é muito cara aos arquitectos de tão emblemática obra, que acharam inestético a colocação da caixa exterior da EDP junto á entrada do bloco central. A entrada feita por debaixo de um viaduto, com fraca visibilidade e com muitos pontos de fuga para possíveis assaltantes é sem dúvida uma falha de concepção.
Não poderia acabar esta avaliação sem falar nos 'murinhos', muros pequenos que ainda darão que falar...
Na consulta do projecto feita por mim em finais de 2007, não havia qualquer referência ao aproveitamento dos terraços, nomeadamente do que se situa por cima de 3 das lojas. Na semana passada começou a ser construído um muro de separação, aparentemente para dividir este espaço pelos dois apartamentos do 1º andar do bloco nascente. Esqueceram-se que um dos argumentos do processo judicial dos moradores do edifício contiguo contra o licenciamento deste mamarracho é precisamente a proximidade excessiva. Com a ocupação deste espaço a distância mínima para a varanda do vizinho em frente será de cerca de 5 metros, o que dará certamente para alegres cavaqueiras, caso se consiga estabelecer alguma relação de amizade, e nem é preciso falar muito alto...
O outro 'murinho' é uma coisa inestética e ainda não consegui perceber o que vai esconder e a quem. Uma divisória naquelas circunstancias, seria recomendado ser feita em vidro martelado ou acrilico, mas felizmente existe o mau gosto, para se poder dar valor ao bom gosto!

Dentro de cerca de dois meses, voltarei à carga para avaliar o arranjo da envolvente, que deu origem a alguma negociação com a Câmara Municipal de Setúbal, que não queria por aqui qualquer espaço relvado para evitar a sua manutenção, e foi acordado somente a colocação de floreiras.
Outra coisa que me deixa curioso e expectante é a solução para o acesso à garagem do prédio vizinho que neste momento tem cerca de 5.50 metros e que no final vai ficar com 6.30 metros. Os iluminados projectistas, para ajudar à festa, desenharam uma loja exactamente em frente do portão da garagem. Para uma viatura com 4.80 metros que ali estacionou pacatamente durante mais de 9 anos, vai ser difícil deixar de dormir ao relento, ou então constroem ali uma plataforma rotativa para ela voltar a ter alguma noite longe do frio, chuva e pó.
Até lá, tem de se conviver com todos aqueles que já não se lembram muito bem do código da estrada, ou então acham que aquele acesso apesar de bem identificado (uma boa acção dos serviços da Câmara Municipal de Setúbal, juntamente com a melhoria do acesso a partir da faixa de rodagem, por danos causados com a colocação das vedações da obra) não é utilizado por ser demasiado estreito.
Na mesa está uma proposta da construtora para criar neste espaço um arruamento com um só sentido para evitar a quem se encontre neste nesta zona e em sentido descendente, tenha de dar uma grande volta para inverter a marcha, assim a Câmara Municipal de Setúbal dê o seu parecer favorável.
Como conclusão, recomendava a todos os 'gulosos' que por ali rondam em busca de uma vista para o rio Sado a preços acessíveis, que invistam o seu dinheirinho no outro muro, já que este (que nasceu torto) estará sempre associado a toda esta guerra, a um nome que não dignifica nenhum dos muitos envolvidos em todo este processo, que estará nos próximos anos sempre em risco de ser demolido e que a nível de acabamentos exteriores, estes são de muito baixa qualidade (irregularidades excessivas na fachada norte do bloco central, mosaicos colocados à martelada na fachada poente - se calhar foi o efeito de alguma nortada! - entre outros), construção em cima de lençóis de água e que apesar das estacas terem cerca de 10 metros, será de esperar várias rachas, enquanto o terreno não adquirir estabilidade.
As muitas dezenas de estacas foram colocadas no início da construção, a um ritmo alucinante, tentando criar pressão sobre o Juiz Setubalense que julgaria a nossa Providência Cautelar (e pelos vistos resultou), levou a que a segurança na obra fosse uma coisa totalmente desconhecida. Saltou-me a tampa quando, perante uma algazarra medonha, presenciada por todo um ATL atento e participativo fotografei dois trabalhadores sem qualquer tipo de equipamento de protecção, aos pulos em cima do bate-estacas, mas já não fui a tempo de apanhar um deles que com o entusiasmo dos saltos e a vibração do bate-estacas deixou cair as calças. Na foto abaixo já se encontra com elas quase em cima. Todo o ATL vibrava, enquanto os responsáveis da obra simplesmente se mantinham alheios a toda esta 'macacada' apesar de estarem a escassos metros deste local. O meu artigo sobre o assunto e uma visita à delegação da Inspecção Geral do Trabalho em Setúbal devem ter sido responsáveis pela alteração das regras de segurança na obra, que mudaram radicalmente na semana seguinte.
Desculpem a extensão do artigo, mas já há algum tempo a esta parte que não me encontrava tão inspirado na escrita!
1.O Grupo
1.1. Grupo HAGEN
O Grupo Hagen completou no ano 2000, 50 anos de existência, caracterizado por um percurso consistente e sólido, no mercado da Construção em Portugal.
Destes mais de 50 anos de experiência, a empresa, hoje grupo de empresas, com competências diversificadas e actuando em diversas áreas e diferentes sectores, tem o seu percurso caracterizado por diferentes e importantes lideranças, que lhe conferem uma cultura empresarial alargada.
Operando num mercado em evolução, a estratégia do Grupo Hagen assenta na dinâmica e criação de valor, procurando um crescimento sustentado e um constante alargamento das suas competências.
1.1.1. Identidade e Competências
O Grupo Hagen é hoje constituído por um conjunto de empresas resultantes de uma evolução consistente, tendo por base aquela que é a sua actividade principal – a construção.
Para dar forma ao crescimento interno e aquelas que têm sido as evoluções do mercado da construção, tanto em Portugal como na Europa, o Grupo Hagen tem estado num processo contínuo de evolução, tendo por base a Sociedade de Construções H. Hagen, para um conjunto de outras áreas de negócio onde, nesta fase, as sinergias com a construção e as competências consolidadas, são importantes, entre outras, na área das Concessões Rodoviárias e no Imobiliário.
1.1.2. 50 anos de presença no mercado de construção em Portugal
Resultado de mais de 50 anos de presença no mercado de Construção em Portugal e de um excelente conjunto de recursos humanos aos mais diferentes níveis, o Grupo Hagen tem vindo a desenvolver e consolidar um conjunto de competências, que têm sido a base do crescimento do Grupo e das quais se podem destacar:
• Engenharia e Construção, que tem sido a base para o envolvimento nalgumas das mais importantes e relevantes obras de Engenharia em Portugal, com resultados de elevada qualidade, unanimemente reconhecidos pelos diferentes intervenientes do Sector Engenharia e Construção.
• Inovação, nas técnicas construtivas, nas soluções de engenharia e na abordagem ao mercado, possibilitando uma diferenciação importante num mercado altamente competitivo.
• Promoção Imobiliária, tendo por vector principal a criação de soluções estruturadas para o desenvolvimento de projectos imobiliários, com recurso a parcerias e modelos de financiamento diferenciados e inovadores.
• Montagem de Negócios, em diferentes áreas, aproveitando a experiência e capacidade adquiridas, no sentido de promover o crescimento e a diversificação das áreas de actuação.
1.1.3. Valores
Um conjunto de Valores abrangente orienta diariamente o posicionamento do Grupo e dos seus colaboradores, tanto internamente, como em todas as relações com clientes, fornecedores, parceiros, com o mercado e com a sociedade. São estes Valores que garantem a continuidade de um percurso de indiscutivel sucesso, possibilitando um crescimento consolidado e sustentado. Deste conjunto de Valores destacam-se três como os fundamentais:
• Promover a Qualidade e o Profissionalismo e a Ética em todas as áreas de actuação
• Actuar como Parceiro
• Criar Valor para os Accionistas, Colaboradores, Clientes e Parceiros
1.1.4. História
Um Percurso com mais de 50 Anos
Destes mais de 50 anos de presença no mercado Português e de participação nalgumas daquelas que foram as obras relevantes e marcantes, no desenvolvimento do país, aqui ficam os marcos mais importantes deste período e que caracterizam a história do Grupo Hagen:
• 1950 - A Fundação
Fundação da Sociedade de Construções H. Hagen pela empresa Alemã Henrich Hagen tendo como área de actuação principal a construção civil.
• 1964 - A primeira fase do crescimento
A empresa é adquirida por um grupo de técnicos portugueses. É nesta fase que se desenvolvem trabalhos de construção civil em inúmeros edifícios, com especial incidência na cidade de Lisboa, bem como, na construção de diversas Pontes e viadutos em todo o País. Foi durante os anos finais da década de sessenta, que se realizaram obras como a ponte sobre o Rio Mondego, em Carregal do Sal e as pontes sobre o Rio Mira e Ribeira do Guilherme, em Ourique.
• 1971 - Expansão
Dá-se início a uma expansão efectiva da empresa para diversos pontos do país e regiões autónomas. São abertas as delegações em Coimbra, Faro e na Ilha Terceira, na Região autónoma dos Açores Cada uma destas delegações dava apoio às obras que se desenvolviam na região, possuindo estaleiro próprio, numa primeira abordagem a uma estratégia de descentralização da empresa.
São dos primeiros anos da década de setenta as obras de construção de diversas centrais térmicas para a CPE (Companhia Portuguesa de Electricidade) – Tunes, Alto Mira e Barreiro, Hospitais, bem como edifícios Públicos para os CTT e instituições bancárias em diversos pontos do país
• 1973 - Cofragens deslizantes
A Hagen foi uma das primeiras empresas a introduzir em Portugal a aplicação das Cofragens deslizantes para construção de obras especiais e que foi aplicada num significativo número de obras de chaminés para centrais termoeléctricas, silos, torres e reservatórios de água, fustes de pilares em Pontes, bem como em túneis de barragens de betão.
• 1982 - Central Termoeléctrica de Sines
Início da construção da Central Termoeléctrica de Sines, bem como de diversas obras realizadas para a US Navy no âmbito da expansão da base das Lages, na Ilha Terceira.
• 1985 - Torre do Tombo
Início da Construção da Torre do Tombo em Lisboa.

• 1987-1989 - Sociedade Anónima
Prosseguindo uma estratégia de diversificação e crescimento, em 1987 transformou-se em Sociedade Anónima.
• 1989 – Entrada da Campenon Benard na Estrutura Accionista
A Empresa Francesa Campenon Benard, uma das maiores empresas de Obras Públicas e Construção Civil em França e integrante do Grupo de empresas SGE/ General des Eaux, adquire uma participação de 46% da Soc. de Construções H. Hagen S.A., conferindo-lhe importantes competências e capacidades adicionais que resultavam da integração num grande grupo internacional e muito diversificado.
• 1990 - CCB Lisboa
Em Fevereiro dão-se início às obras do Centro Cultural de Belém em Lisboa, onde a Hagen assumiu a liderança do consórcio construtor, de uma das obras mais emblemáticas e marcantes da primeira década dos anos noventa em Lisboa, sendo, ainda hoje, uma referência, tanto ao nível arquitectónico, como de espaço cultural em Portugal.
Em Dezembro a Campenon Bernard consolida a sua posição na empresa assumindo a totalidade do seu capital.
• Dez. 1990 - Reforço da Participação da Campenon Bernard
No final de 1990 a Campenon Bernard consolida a sua posição na empresa assumindo a totalidade do seu capital.
• 1991 – Internacionalização – Primeiras abordagens
Foi durante o ano de 1991 que se procederam aos primeiros processos no sentido da internacionalização da actividade da empresa com a constituição da Hemoáfrica, conjuntamente, com outras empresas de construção, com o objectivo de detectar oportunidades e promover a construção no mercado Angolano.
• 1995 – Inicio da Construção Ponte Vasco da Gama
Continuou o processo de expansão para os mercados internacionais com a concretização de um empreendimento habitacional em Munique.
Inicio dos trabalhos de construção da Nova Travessia sobre o Tejo em Lisboa – Ponte Vasco da Gama – onde a Hagen integrou o consórcio escolhido para a sua concepção, financiamento, construção e operação por um período de 30 anos, primeiro grande projecto de infra-estruturas de transporte montado em regime de “Project Finance” em Portugal.
Início dos trabalhos de construção de diversas infra-estruturas para a Exposição Mundial de Lisboa – Expo 98 – de onde se destaca a intervenção realizada com a construção do Pavilhão de Portugal da autoria do Arquitecto Siza Vieira.
• 2000 – Alteração Organizacional e da Estrutura Accionista
Após se ter separado do Grupo General des Eaux, a SGE altera a sua denominação para Grupo Vinci e procede à fusão com a GTM, uma das empresas de referência da Construção em França. Com esta reorganização o Grupo Vinci, que por força destes processos de fusão integrava a participação na Hagen, alterou a sua estratégia para alguns países europeus, sendo o mercado português considerado como não prioritário, do ponto de vista da construção, mantendo-se a aposta estratégica nas concessões.
A alteração da estratégia por parte do Grupo Vinci, criou as condições para que se estruturasse e concretizasse, um MBO por parte da estrutura de Administração Portuguesa da empresa e liderada pelo seu Presidente, que estava em funções desde 1990.
Com esta alteração da estrutura accionista a empresa passou a ser detida 100% por capital Português, tendo-se criado as condições para a sua consolidação como empresa de construção e crescimento para diferentes áreas de intervenção.
• 2000 - 2005 - A Criação do Grupo e a Diversificação dos Negócios
Sendo hoje de capital totalmente português, a empresa tem-se consolidado nestes últimos 5 anos com intervenção em obras importantes ao nível da construção civil e das obras públicas.
Em 2000 dá-se o início da participação nas concessões rodoviárias em Portugal integrando o consórcio escolhido para o desenvolvimento em regime de DBFO ( Design, Built, Finance and Operate ), da AENOR – Auto-Estrada do Norte, em regime de Portagem real e das SCUT (Portagem Virtual) do Grande Porto, Costa de Prata e Beira Litoral e Alta, num total de cerca de 500 km.
É neste período que se procede à reorganização da empresa adaptando-a à evolução do mercado e criando empresas diferenciadas para cada uma das relevantes áreas de actividade.
No âmbito do desenvolvimento da área imobiliária, tem sido concretizada uma intervenção muito importante ao nível da Habitação Social e Habitação a Custos controlados, com o estabelecimento de um conjunto de parcerias com diversas Câmaras Municipais e com o Instituto Nacional de Habitação.
Em Fevereiro de 2004 e depois de um exaustivo trabalho de organização interno, foi atribuída à Sociedade de Construções H. Hagen S.A. a certificação de qualidade ISO 9001 para todos os trabalhos de construção.
Este período foi, igualmente, caracterizado por um crescimento muito significativo da actividade e dos resultados e que traduz a aposta numa estratégia de consolidação das principais áreas de actividade, crescimento sustentado e diferenciação pela qualidade.
1.1.5. Principais Obras realizadas
Ao longo dos mais de 50 anos de história e de intervenção no mercado da construção em Portugal, o Grupo Hagen esteve envolvido num conjunto muito diversificado de obras, nos mais diversos sectores: das Pontes e Viadutos, aos edifícios industrias, às centrais Térmicas, grandes silos e chaminés, reabilitação de edifícios de elevado interesse histórico ou edifícios de habitação. Sendo obras de pequena ou grande dimensão, cada uma das intervenções teve sempre subjacente aquelas que têm sido os princípios fundamentais que norteiam o grupo – Rigor e Qualidade.
Das realizações do Grupo Hagen, destacam-se, pela sua complexidade, exigência e dimensão, algumas obras, que contribuíram muito significativamente para o consolidar das competências e que são, igualmente, e em diferentes áreas, uma referência em Portugal.
OBRAS ESPECIAIS
• Central termoeléctrica de Sines
• Central Termoeléctrica do Pego
• ETAR de Frielas
• MARL – Mercado Abastecedor da Região de Lisboa
• Estádio Municipal de Aveiro
OBRAS DE ARTE
• Ponte Vasco da Gama
• Viadutos do Nó de Sacavém – Acessos à Ponte Vasco da Gama
• Tunel do Metro da Falagueira
• Viaduto do Barranco da Vinha
• Viaduto das Ínsuas
• Ponte sobre o Rio Côa
EDIFÍCIOS
• Centro Cultural de Belém
• Pavilhão de Portugal – Expo 98
• Edificio Amoreiras Plaza
• Edificio EDP da Av. Columbano Bordalo Pinheiro em Lisboa
OBRAS DE REABILITAÇÃO
• Reabilitação da Pousada de Queluz – Edifício da Torre do Relógio
• Reformulação do Edificio da EDP no Marquês de Pombal em Lisboa

OBRAS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA
• Requalificação do Casal Ventoso
• Requalificação da Ameixoeira
1.1.6. Contactos do Grupo Hagen
Sede:
Avenida Barbosa du Bocage, nº 113
1050-031 Lisboa
Tel: +351 21 7810500
Fax: +351 21 0505
correio@hagen.pt
Delegação Norte:
Rua dos Transitários, nº 182 -Entrada 4 - 2º- Sala B.V.
4455-565 Perafita
Tel: +351 22 9997350
Fax: +351 22 9960797
Estaleiro Central:
Estrada de S. Marcos - Alto da Bela Vista
2735-565 Agualva Cacém
Tel: +351 214262704
Fax: +351 21 4262269
1.2. Áreas de Negócio
O Grupo Hagen tem hoje quatro áreas principais de negócio e que, com excepção, nesta fase, da área de Novos Negócios, constituem empresas autónomas. Assim, e para além da Engenharia e Construção, core business do Grupo e que está centralizada na Sociedade de Construções H. Hagen, existem um conjunto de Concessões em que o Grupo participa e que, nesta fase, se concentram na área rodoviária em Portugal, uma área Imobiliária que agrega as intervenções nesta área que o Grupo tem realizado, tanto como promoção própria como através de parcerias, em especial nas áreas de habitação social e habitação a custos controlados. Mais recentemente, tem sido dinamizada uma área de Novos Negócios, como polo de desenvolvimento de um conjunto de negócios em diferentes áreas e com o objectivo de concretizar uma estratégia de diversificação do Grupo.
O grande valor acrescentado do Grupo resulta da capacidade de gerar e promover as sinergias existentes entre estas diversas áreas, assegurando realizações cada vez mais complexas e indo ao encontro das necessidades de um número cada vez mais alargado de clientes e parceiros, que procuram modelos inovadores para o desenvolvimento e implementação dos seus projectos.
1.2.1. Engenharia e Construção
A área de Engenharia e Construção do Grupo está integrada na Sociedade de Construções H. Hagen, SA, empresa que deriva directamente da empresa original.
Aqui se concentram todas as competências e valências ao nível da engenharia e construção, com duas áreas distintas de actuação: Obras públicas e Construção Civil e cuja sede se situa em Lisboa. De forma a acompanhar com maior proximidade os clientes e a poder responder de uma forma eficaz às especificidades do mercado, existe uma delegação Norte que, em articulação com a estrutura central, acompanha e desenvolve as obras da zona Norte do País.
A área de engenharia do Grupo é constituída por técnicos de enorme experiência que têm acompanhado as grandes obras de engenharia e que têm, em conjunto com a área da produção, conseguido desenvolver soluções de engenharia e construtivas inovadoras, numa tentativa constante de alcançar a diferenciação e a qualidade de cada obra e de cada empreendimento. Num mercado fortemente competitivo, o rigor a qualidade e a diferenciação de métodos e processos têm sido uma parte importante da Chave para o sucesso do Grupo.
1.2.2. Principais Obras em Curso
Para o sector das Obras Públicas as principais obras em curso centram-se naquela que é uma das principais áreas de intervenção do Grupo e cuja competências, tecnologia e processos se têm vido a consolidar ao longo dos anos – Construção de Pontes e Viadutos
Construção Civil
Obras de construção civil a realizar para diversos clientes em diferentes zonas do país e de onde se podem destacar as seguintes obras:
• Hospital da Boavista no Porto
• Edíficio Porto Magnum
• Edíficio Damião de Góis
• Tratolixo - Tratamento de Resíduos Sólidos, SA
• Transtejo - Remodelação da Estação Fluvial da Trafaria
• Hotel de Santa Marta - Lisboa
Obras a realizar para a Hagen Imobiliária e que resultam do projectos de habitação social ou promoções próprias cujo desenvolvimento e montagem financeira foi realizada pela empresa Imobiliária do Grupo e de onde se evidenciam as sinergias existentes entre as principais áreas do Grupo Hagen.
Deste grupo de obras podem destacar-se as seguintes:
• CDH do Bairro da Boa Esperança em Beja
• Empreendimento Habitacional da Urbanização da Arroja em Odivelas
• Condomínio de São Bernardo em Lisboa
• Empreendimento Habitacional da Matioa - Figueira da Foz
• Empreendimento de moradias no concelho de Portimão
Apresentação
A par de um crescimento sustentado do Grupo e da sua capacidade de realização, tem-se consolidado a sua estrutura financeira, suportada por um crescimento significativo dos resultados e de uma estratégia rigorosa de investimentos. O Grupo Hagen revela, assim, resultados muito acima da média verificada para o sector, um crescimento sustentado ao longo dos últimos 5 anos e uma cada vez maior optimização dos seus recursos.
O crescimento dos resultados permitem suportar uma estratégia de investimento, a médio-prazo, em sectores como as Concessões, o Imobiliário e desenvolver um conjunto de oportunidades, em outros sectores, numa perspectiva de crescimento e diversificação.
Esta aposta em áreas diferenciadas da Construção, permite potenciar um conjunto de sinergias resultantes da consolidação de um conjunto alargado de competências internas, bem como antever que, no médio-prazo, o peso relativo dos negócios não construção no Grupo, venham a ter uma relevância cada vez maior, no volume de negócios total do Grupo.
Os resultados Económicos e Financeiros revelam um Grupo muito sólido, que aposta no crescimento sustentado, valorizando as suas competências complementando-as através de uma politica de parcerias estratégicas, com um objectivo de criação permanente de Valor.
Recursos Humanos e Qualidade
Os Recursos Humanos são, para qualquer empresa, o seu recurso mais importante e mais estratégico. Para o Grupo Hagen este princípio é ainda mais importante, dada a competitividade do mercado em que se insere e a necessidade de diferenciação para alcançar uma efectiva criação de Valor.
É por isso, que o recrutamento, acompanhamento e a formação são momentos fundamentais para garantir a escolha de recursos de elevado valor, fazê-los crescer no Grupo, procurando o melhor enquadramento para o seu perfil e garantindo a sua formação e actualização permanente.
Recursos Humanos no Grupo Hagen
É para o concretizar dos sonhos dos nossos clientes que trabalhamos. Nestes mais de 50 anos de actividade aprendemos a partilhar as conquistas de alguém que adquire o seu próprio espaço ou a alegria dos habitantes de povoações, outrora separados, que devido à acção do Grupo Hagen se tornam próximos.
Desenvolvemos e damos vida a um conjunto de metodologias que permitem manter os nossos Recursos Humanos actualizados em termos de competências técnicas, comportamentais e de negócio.
Avaliação de Desempenho
Visando o constante reforço da motivação, estabilidade e envolvimento dos seus colaboradores na prossecução de um objectivo comum, o Grupo Hagen desenvolveu instrumentos de avaliação de desempenho que possibilitam a compreensão, clara para cada colaborador, do que a empresa espera dele, da avaliação do seu desempenho, da sua perspectiva de carreira e a definição de um plano de acções conjunto, visando a melhoria do seu desempenho e o seu crescimento profissional.
É este activo Humano que o Grupo tem preservado, uma vez que é com ele que este percurso de mais de 50 anos de história se percorreu com indiscutível sucesso e será, talvez, cada vez mais, atendendo a um mercado cada vez mais complexo e competitivo, o suporte para um futuro de crescimento e diversificação.
PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA
Hagen Imobiliária promove empreendimento em Setúbal
A Hagen Imobiliária adquiriu ao INH, um lote de terreno em Setúbal, no âmbito de um contrato de desenvolvimento para habitação, destinado à construção de edifícios de habitação a custos controlados e áreas complementares de habitação.
O empreendimento está, neste momento, na fase de desenvolvimento dos projectos, compreende a construção de 33 fogos, 2 espaços para comércio e estacionamentos.

E assim terminou mais uma edição do nosso Jornal Fonte do Lavra (hoje especialmente dedicado ao Grupo Hagen) – Sempre a proporcionar experiências unicas aos nossos visitantes.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Somos pioneiros a nível mundial! (Parte II)

Fez ontem um ano que publicamos uma anedota sobre a praga que é um canavial.
A zona onde construíram o 'Muro' da Vergonha é um local fértil em nascentes e as canas que por ali nasciam eram uma autêntica praga. Quando atingiam uma altura razoável transformavam a zona numa casa de banho improvisada, que ajudou os muitos estrangeiros 'aflitos' que aguardavam pela abertura do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras a funcionar numas instalações provisórias a poucos metros deste local, razão pela qual pedíamos com regularidade que as mesmas fossem cortadas, pedidos sempre satisfeitos pelos serviços da Junta de Freguesia de S.Sebastião.

A força das canas era tão grande que nem mesmo as escavações para os alicerces das obras as impediram de crescer, durante as cerca de 6 semanas que a obra esteve parada enquanto a nossa 2ª Providencia Cautelar esteve a ser apreciada pelo Tribunal Fiscal e Administrativo de Almada.

Como a exposição solar também é boa, e em jeito de anedota, achamos que podiam conjugar estes dois factores e criar o primeiro edifício mundial, autónomo a nível de água e electricidade.

Não aproveitaram esta ideia na totalidade, já que atrofiaram as nascentes com as MUITAS dezenas de estacas que por ali enterraram para conseguirem contornar os problemas da instabilidade dos terrenos, mas a exposição solar foi aproveitada para o aquecimento de agua.

Só é pena que os 'brilhantes' projectistas que nunca visitaram o local, não tenham pensado nisso mais cedo e agora os futuros (se os houver!) moradores tenham de se desenrascar (bem à portuguesa) para conseguirem colocar alguma prateleira nas despensas, praticamente ocupadas com um 'monstruoso' termoacumulador.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Mentiras, vigarices, trafulhices & afins

Hoje é o melhor dia do ano para escrever um artigo de opinião. Se as coisas derem para o torto, sempre se pode alegar que era coisa de 1º de Abril.
O que nos trás hoje por aqui? Quase no fim do prazo legal, demos entrada no Tribunal Fiscal e Administrativo de Almada faz hoje precisamente um ano da nossa acção principal, que pretende que seja reconhecido como ilegal (e portanto passível de ser demolido) o licenciamento por parte da Câmara Municipal de Setúbal, deste autentico atentado urbanístico com que brindaram o nosso bairro.

Não acendemos a vela nem demos colorido ao bolo, num protesto simbólico contra aquilo que consideramos uma interferência no normal funcionamento da nossa 'lenta' Justiça, quando um(a) funcionário(a) da secretaria do Tribunal Fiscal numa atitude mais zelosa julgou por bem, ocultar algures entre as diversas pilhas de processos a nossa acção principal. Agora que o Tribunal instaurou um inquérito interno andam muito preocupados e o autor(a) se calhar tem passado algumas noites sem dormir...
Já aqui publiquei a fotografia com a placa que informa que o 'Muro' da Vergonha é afinal não um 'aborto' sabiamente deixado nascer pelo distinto Juiz de Setúbal que julgou a nossa Providencia Cautelar, que julgou em consciência e com conhecimento da zona, pois foi visto várias vezes a observar o local e a tirar fotos, nem tão pouco patrocinado pela Câmara Municipal de Setúbal, nem mesmo desta nossa construtora de eleição, mas sim uma operação maquiavélica desse sinistro Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.

O outro muro que andam a construir do outro lado da Avenida, nesta Terra de Ninguém, é uma obra incógnita da qual não aparece nenhuma publicidade aos intervenientes que tentam agora permanecer incógnitos nesta nova 'borrada' com os mesmos actores. A única identificação é a obrigatória por lei, colocada junto da entrada principal desta obra, perto da grua que ocupou alguns lugares de estacionamento do prédio que lhe faz fronteira.

Poderiam alegar que ainda é cedo para colocar a informação do IHRU - Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, mas eu fiz o trabalho de casa e aproveitei o fim-de-semana passado para visitar outra obra da mesma construtora a que já me referi anteriormente, com as mesmas características. Não consegui descobrir nenhuma informação apesar de se encontrar na fase final de acabamentos e arranjos da envolvente.

Os preços constantes na referida placa (parte que eu propositadamente distorci) não são os que actualmente são fornecidos aos potenciais compradores pela imobiliária CasaCaso que se encontra agora com o exclusivo das vendas e que também já anda a vender o 'outro muro' ainda em planta. Ao que o nosso sempre incansável detective descobriu, o acréscimo nos preços ronda os 10% (para mais, claro!).
Longe vai o tempo em que a Câmara Municipal de Setúbal encomendou um parecer em que identificava esta construção e a construtora como buscando o lucro, não as isentado das caras taxas municipais (cujo diferendo atrasou em quase dois meses o licenciamento da obra), para mais tarde encomendar um novo parecer judicial ao mesmo advogado, agora atestando que o 'Muro' da Vergonha serviria para alojar as muitas famílias carenciadas de Setúbal, para algumas das quais chegou a enviar uma carta para se irem inscrever no local, tudo com o objectivo de ganhar alguns 'trunfos' no Tribunal. Só que a verdade vem sempre ao de cima (como o azeite) e agora vamos ver como é que eles se vão justificar no Tribunal, de quantas famílias carenciadas é que ali conseguiram alojar e aonde estão esses processos de candidatura.
Os 'gulosos' que por lá andam a tentar comprar uma vista para o rio podem ter de ser realojados dentro de alguns anos (como aconteceu recentemente em Ourem) por conta da autarquia que licenciou tal projecto, inclusive o solicito e incansável vendedor da CasaCaso que vai morar na torre de vigia do 'Muro' da Vergonha (ultimo piso do bloco central) num apartamento oferecido, a preço de amigos ou por ter sido um dos inúmeros candidatos das famílias carenciadas de Setúbal, contactados pela autarquia (um T4 para uma pequena família faz todo o sentido).
Aproveitando uma oportunidade, foi tirada à instantes uma foto no rio Sado onde se pode ver com está a ser eficaz a construção dos muros. Pouco a pouco lá vão eles conseguindo esconder um bairro!


Acrescentado em 26-04-2009

Não era para apresentar esta foto, mas como parece que não gostaram do ultimo painel, sabe-se lá porquê, aqui fica a foto e algumas considerações.

(...) E já agora pode mandar fazer outra lona? Não gosto muito das cores que utilizou.. Ou melhor utilize o dinheiro e tempo que gasta em prol dos outros. (...)

Colocado em meados de Fevereiro, devido ao enorme corropio de vendedores e potenciais compradores que até faziam fila à espera, esteve retirado somente (por questões logisticas e não para dar uma alegria ao 'anónimo conhecido' que aqui comentou o artigo) durante cerca de duas semanas, mas já foi novamente colocado no local para, continuar a alertar os incautos compradores de tão elegante construção, que podem estar não a comprar a casa da sua vida, mas sim a comprar uma dor de cabeça.

Quanto à escolha das cores, foi uma opinião do 'designer', com a qual eu estou plenamente de acordo. A escolha inicial era fundo preto e letras a branco com os outros 4 anteriores.