sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Recordar é viver: Dar com a língua nos dentes

Diz a voz popular que há mil e uma maneiras de fazer bacalhau. Não sei ao certo se serão efectivamente mil e uma mas, que há muitas formas, lá isso há e quase todas elas resultam em excelentes petiscos. Se me perguntassem qual o meu prato preferido de bacalhau, a minha escolha seria o bacalhau com broa

Se é verdade que há mil e uma maneiras de fazer bacalhau, não é menos verdade que por terras dos Algarves também arranjámos mil e uma maneiras de confeccionar atum e por exemplo os belgas têm outras tantas de fazer mexilhão.
Por aqui, também existem mil e uma maneiras de fazer um artigo, que não deixe cair no esquecimento o que para nós foi um atentado urbanístico, perpetrado pela Sociedade de Construções H.Hagen, num projecto de Habitação de Custos Controlados do IHRU-Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, com a bênção da Câmara Municipal de Setúbal que licenciou tal projecto. Reinventamos regularmente esta novela, que em longevidade bate aos pontos o Anjo Selvagem da TVI, que segundo as minhas pesquisas foi a telenovela mais longa da Televisão portuguesa.
O processo judicial vai avançando a passo de caracol (esteve em banho-maria desde finais de Fevereiro até início de Outubro) e sabe-se lá daqui a quanto tempo haverá alguma qualquer decisão.
Quando este blogue começou, à precisamente 4 anos, sabíamos que a Internet é o veículo que actualmente chega mais rapidamente a um numero maior de pessoas e foi aí que apostamos, para dar com a língua nos dentes.
Começamos pouco a pouco a adquirir conhecimentos, que maximizassem o impacto pretendido e chegamos a um ponto em que os artigos eram escritos na hora, ao sabor dos acontecimentos. Alguns foram escritos 'muito a quente', já que a tensão era enorme.
Com a suspensão das obras, enquanto era apreciada a nossa 2ª Providencia Cautelar, ficamos rapidamente sem assunto que justificasse uma visita contínua, por parte dos visitantes regulares que entretanto tínhamos conquistado.
Tentamos fazer alguma pesquisa na Biblioteca Municipal sobre o Bairro, pesquisa de fotografias antigas, etc., mas era tudo muito curto. Iniciamos então uma fase de angariação de novos visitantes através de métodos artificiais, conseguindo com isso chegar cada vez mais longe no nosso objectivo principal, que era levar a nossa denuncia o mais longe possível. Esses métodos aproveitavam vulnerabilidades da Internet que aparentemente já foram corrigidas. Desta fase, que passou por várias etapas, sobrou o nosso Suplemento Kultural que ainda hoje é o nosso maior veículo de divulgação do blogue, e que vai continuar o tempo que for preciso, para não deixar cair o assunto em esquecimento. Nunca fizemos segredo de que andávamos a recorrer a métodos pouco habituais (como provam os links acima assinalados, entre outros espalhados por todo o blogue), mas como diz o velho ditado português "O fim justifica os meios".
Neste momento estamos a reescrever esta novela na rubrica "Recordar é viver" onde aproveitamos o aniversário de datas relevantes nesta novela, para divulgar factos novos provenientes de meses de investigação, que na altura não foram referidos, porque não foram devidamente contextualizados no que estava a acontecer, o que nos vai ocupar seguramente até à próxima primavera.
Regularmente, será repensada uma nova estratégia, para manter esta chama acesa.