quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Quem quer ser milionário? (XII)


Pergunta n.º 12
Valor - 32000 €

Em finais de Agosto de 2012, desapareceu de cena aquela, que em 2007 era a 8ª construtora nacional. Um 'pequeno' lapso' na análise de risco de um projecto, que parecia ter tudo para satisfazer um punhado de amigos, e que acabou por ser um desastre financeiro, deu-lhe o golpe de misericórdia. Como se chamava essa construtora?

Todas as perguntas1234567891011131415


Este artigo não acaba aqui...

A RTP1 apresenta actualmente a 6ª edição de um programa que foi um êxito estrondoso nos primeiros anos deste século, onde recuperou uma jornalista caída em desgraça por ter tido a ousadia de falar de uma maneira 'alternativa' do nosso querido e saudoso Sócrates, no seu Jornal Nacional (um telejornal travestido segundo o próprio visado). Aproveitando a nova onda, também nós recuperamos o nosso jogo 'Quem quer ser milionário', brutalmente interrompido em Junho de 2008.
Este artigo foi idealizado em finais de Outubro, mas não se mostrou oportuna a sua publicação, já que o material disponível para fazer artigos novos é escasso e tínhamos acabado de publicar o nosso ultimo post 'Coincidências, ou talvez não!'.
O mundo é pequeno, o que o comprova uma visita inesperada que tivemos no edifício que faz fronteira com um mamarracho emblemático na Cidade de Setúbal, a que eu carinhosamente chamo O 'Muro' da Vergonha. Tratava-se de alguém que tinha raízes em Cantanhede (onde aparentemente estariam as origens da empresa H.Hagen) e que, a certa altura, profere umas palavras que nos ficaram no ouvido:

O que se diz lá por Cantanhede, é que foram estas construções que levaram a Hagen à falência!

Nós sabíamos que as empresas de construção não passaram por bons momentos depois do início da Crise, mas nunca pensamos que tínhamos contribuído de uma forma tão importante para a insolvência da Sociedade de Construções H.Hagen, a 8ª no Ranking nacional em 2007, ano em que obteve excelentes resultados.
Se pudéssemos recuar no tempo, precisamente 6 anos, assistiríamos a chegada triunfal dos responsáveis desta empresa, desta vez munidos de documentação legal para iniciar a vedação do espaço onde iria ser construído o mamarracho #1, não correndo os mesmos riscos da 1º tentativa para vedar o referido espaço, onde a chegada da Policia pôs toda a gente a andar dali para fora.
A meio dessa manhã houve uma reunião de emergência da Câmara Municipal de Setúbal" para resolver o problema de acesso a uma garagem contígua. Curiosamente, os proprietários da referida garagem não foram convidados a participar.
Mais uma vez, os alarmes não soaram a quem fez (ou devia ter feito) a analise de riscos de um projecto com esta envergadura, que foi chegar a um espaço estranho, de forma suspeita, sem passar cavaco a ninguém, com um projecto muito estranho para o local em que ia ser implantado, pensando que os amigos que tinham (ou julgavam ter) lhes seguravam as pontas, o que era confiar cegamente no acaso.
O engenheiro da Câmara, que um trabalhador da construção associava a um 'sócio da obra' e que, infelizmente nunca conseguimos identificar, também deve ter abandonado o barco quando ele começou a meter água, ou não tinha força suficiente para mudar o rumo da história.
Quem julgou a nossa providência Cautelar (que parou a obra durante quase 6 semanas) também ajudou à desgraça, já que se tivesse feito outra avaliação dos factos (Este sabia bem do que se tratava, já que morava em Setúbal e foi visto mais do que uma vez a tirar disfarçadamente fotos no local, com uma maquina fotografia pendurada ao pescoço e encoberta por um sobretudo. Um papelão!!!), teria dado tempo para que fosse feita uma nova análise de toda a envolvente da situação e quem sabe, no local estivesse agora uma outra coisa qualquer, o que poderia ser até um edifício, mas com uma menor volumetria/altura.
Os alarmes continuaram a não soar, e vai daí, mudaram-se para o outro lado para construir um novo mamarracho, agora de menor impacto visual (por ser construído em linha com as construções existentes), com 72 apartamentos e mais de uma dezena de lojas, votado ao mais completo abandono, já que faltou o dinheiro para fazer toda a parte eléctrica. Já no final da construção, as coisas deviam estar tão mal do ponto de vista financeiro, que um Engenheiro da empresa desabafou com um amigo comum: Os alicerces são de boa qualidade, mas os acabamentos são um merda!(sic).
Desde 3 de Junho de 2007, quando tentamos por todos os meios fazer-nos ouvir sobre um projecto que iria interferir com a vida das pessoas das redondezas, até ao dia 20 de Dezembro do mesmo ano, quando o projecto foi definitivamente licenciado, após o pagamento de todas as taxas devidas. Os nossos interlocutores sempre se mostraram arrogantes e pertencentes a um mundo totalmente diferente do comum dos mortais.
Apesar da crise, mantivemos os valores das perguntas: 32000€ para a pergunta numero 12, que nesta edição vale apenas 12000€. Sinal dos tempos!

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Coincidências, ou talvez não!

Quem mora por estas bandas e/ou presenciou o temporal de 18-02-2008, sabe que o local onde construíram esta obra emblemática da Cidade de Setúbal a que eu, carinhosamente, chamo O "Muro" da Vergonha, sabe que nesta zona, pelo declive acentuado, se concentra enormes quantidades de água, capazes de fazer voar tampas de esgoto e fazer repuxos de água com quase 1 metro de altura.

Portanto não é de admirar ter havido uma enorme inundação nas garagens deste mamarracho e ter danificado o portão de acesso às garagens (que é único), impossibilitando o seu uso pelos heróicos moradores destes 3 blocos.
Apesar de terem sido feitas modificações importantes para minimizar os riscos de inundações, a localização do acesso à garagem não é o mais adequado, continuando eu a pensar que, independentemente do processo judicial que movemos à Câmara Municipal de Setúbal pelo licenciamento deste projecto, este era o ultimo sítio em que alguém com bom senso pensaria construir: um local com múltiplas nascentes de água, e cuja estabilização dos alicerces para a construção do viaduto, consumiu toneladas e toneladas de pedra (quem presenciou a descarga dos primeiros camiões com pedras, ficava atónito por elas desapareceram algures nas profundezas da terra poucos minutos após a descarga),

para além de se encontrar numa zona de confluência de várias descargas pluviais.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Déjà vu

Depois de celebramos os 2000 dias de existência, e mais de 80 mil visitantes, podemos dar-nos ao luxo de repetir algo que foi publicado no já longínquo dia 01 de Março de 2009.
Será um facto mais ou menos inédito, já que até o nosso Suplemento Kultural (que amanhã completa a edição 1700) nunca repetiu nenhuma imagem ou até mesmo uma anedota. Dá trabalho, mas é assim que a coisa funciona por estas bandas.
Na altura publicamos a imagem de uma notícia do Correio da Manhã, cujo link directo que na altura estava activo, não nos encaminha agora para a mesma notícia (ainda bem que guardamos em imagem), que era a seguinte:


A razão desta repetição tem a ver com o resultado desfavorável do nosso processo judicial, cuja sentença foi proferida no final da semana passada.
Os mais atentos já se deviam ter apercebido que algo se tinha passado, já que deixamos de contabilizar nas estatísticas do blogue (parte final do Suplemento Kultural), os dias que estivemos à espera de uma decisão judicial, que foram precisamente 1865 dias, o que superou de longe as nossas expectativas, já que a sessão de julgamento tinha sido somente a 20/09/2012. Afinal sempre é verdade que a nossa Justiça está cada vez mais rápida.
Como continuamos a achar que a razão nos assiste, vamos recorrer da sentença e esperar que um dia destes consigamos, definitivamente, derrubar este muro - O "Muro" da Vergonha.
O Sr. Manuel Guerra, em Ourem, teve de esperar 15 anos. Esperemos que o nosso caso não demore tanto tempo!

Artigo citado - O Céu pode esperar! - publicado a 01/03/2009 às 19:51.

Depois de alguma insistência, conseguimos recuperar o link da noticia do Correio da Manhã. 
Durante as pesquisas do link, encontramos aqui algo mais sobre este triste caso.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

A Idade da Reforma

No 1º de Maio, tradicional 'Dia do Trabalhador' (mas que dentro em breve, poderá ser o 'Dia do Desempregado', quando já não houver mais nenhum trabalhador...) faz sentido falar na Idade da Reforma, tema actual e que os mais pessimistas já estão a augurar, que esta possa passar para os 67 anos, ainda em 2013.
De fora continuam os que exercem funções públicas e políticas, que podem reformar-se pouco depois da adolescência. A mais recente jovem reformada é a Presidente da Câmara de Palmela, Ana Teresa Vicente, eleita pelo PCP, que com 47 anos acabados de fazer, acabou de se tornar em Fevereiro passado, em mais uma 'legal' reformada deste triste país, a Tugalândia. 

Paulo Morais, dirigente da Associação Cívica Transparência e Integridade, considera que esta é uma realidade escandalosa:

O sistema de reformas dos políticos em Portugal é uma das muitas vergonhas que este regime foi criando. Nós temos hoje uma classe política em que muitos dos seus membros foram reformados com oito anos de actividade e outros, mais recentemente com 12 anos de actividade.
Isto é perfeitamente inadmissível, até porque o exercício das funções públicas e políticas não devia garantir regalias Às pessoas. Quem exerce funções públicas ou políticas tem mais obrigações que os outros e não mais direitos.

Na nossa 'Terra de Ninguém' conseguimos fazer uma proeza ainda maior: mandamos para a reforma uma autêntica criança, com pouco mais de 5 anos, mais precisamente, 1928 dias e uns trocos.
Nascida a 18 de Janeiro de 2008 de parto normal, a faixa negra com os simples dizeres O "Muro" da Vergonha foi reformada na noite passada. Com a sua reforma criou-se um novo posto de trabalho (leia-se uma nova faixa), que é a nossa modesta contribuição para o combate ao elevado desemprego que continua a subir, para níveis nunca antes imaginados (nem mesmo pelo Ministro das Finanças, Vitor Gaspar).
Se tivermos em consideração um comentário ouvido à poucos dias:

"É o painel mais visto de sempre, em Setúbal!"

a nova reformada terá cumprido o seu propósito de chamar a atenção (dos mais distraídos), para a aberração que são estes dois mamarrachos, construídos junto ao Viaduto sobre a Avenida D. Manuel I, pela falida H.Hagen, sob a bênção da Câmara Municipal de Setúbal.
A nova reformada foi vista esta manhã, a exibir-se pela primeira vez nas Escarpas Santos Nicolau, e como sempre, o fotógrafo estava lá!

A nova faixa, com os mesmos dizeres, vai assim continuar a não deixar cair no esquecimento, este triste episódio que envergonha todos os que directa e indirectamente viabilizaram e construíram estas autenticas 'obras de arte' (e porque não também, aos que se empenharam com 'unhas e dentes' para as comercializar!). Para isso, muito contribuiu a sua colocação numa das mais movimentadas avenidas da cidade.
Nas fotos a seguir pode conferir o ANTES e o DEPOIS!

29-04-2013
01-05-2013

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Na Rota do Sol

Este é um artigo prometido à bastante tempo, mas que foi sucessivamente adiado por ser necessário escolher as melhores fotos e editá-las de forma a que quando colocadas em sequência, tivessem o aspecto de um filme.
Estas fotos foram tiradas à mais de um ano, com o propósito de poderem ser utilizadas no nosso processo judicial, para provar que, devido à proximidade excessiva e altura inapropriada de uma nova construção, a exposição solar de todo um prédio (com 3 frentes - Nascente, Sul e Poente) tinha sido drasticamente afectada.
Existem apartamentos (nos pisos inferiores) que não tem qualquer exposição solar (ou é puramente residual), o que torna as casas frias e húmidas no Inverno.
Subverteu-se o velho proverbio popular "“O sol quando nasce, é para todos” que por estas bandas passou a ser...

“O sol quando nasce, NÃO é para todos.”

Não admira pois, que lutemos pela via judicial pela demolição deste "Muro" que nos tapa o Sol, a que eu carinhosamente chamo 'O "Muro" da Vergonha', que continua a envergonhar os que (in)directamente estiveram ligado à viabilização e construção deste mamarracho.
Segue-se um pequeno vídeo feito com 10 fotografias tiradas nos dias 16,17 e 18 de Janeiro de 2012.


Como as fotos originais foram editadas, e porque não há truques sujos por estes lados, apresentamos em seguida todas as fotos originais que compõem o vídeo.

17-01-2012 08:41
18-01-2012 08:44
18-01-2012 09:31
18-01-2012 10:17
16-01-2012 10:57
17-01-2012 12:01
16-01-2012 13:03
16-01-2012 14:02
17-01-2012 14:58
16-01-2012 15:52
Resta-nos ainda um suposto longo caminho a percorrer na Justiça (à) Portuguesa, mas continuaremos por aqui a fazer ruído, para NUNCA deixar cair este assunto em esquecimento.
Se hoje, no dia que se comemora o 39º aniversário da Revolução de Abril, fazia sentido falar da Liberdade (de ter Sol) e Justiça (que se quer célere), vamos voltar com um novo artigo no próximo dia 1 de Maio, Dia do Trabalhador, em que fará sentido falar da idade da reforma.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Mommy, Daddy, I had a bad dream!

A noite passada acordei sobressaltado com uns ruídos que vinham do quarto do meu filho. Levantei-me e fui ver o que se passava; este estava agitado e gemia; o miúdo estáva a ter um pesadelo. Acordo-o e pergunto-lhe se ele está bem.
Ele agarrou-se a mim a chorar, a dizer que não queria mudar de casa, quando demolissem o prédio onde moravam.
Tentei confortá-lo, dizendo que tinha de ter fé na lentidão da Justiça (à portuguesa), e que se alguma vez o prédio fosse demolido, ele certamente já estaria casado e a viver noutro lugar.
Aparentemente ele tinha estado a ver imagens satélite na Internet e a casa dele já não existia, e até já tinham removido todo o entulho.
Levei-o ao computador e fizemos a pesquisa "Avenida Belo Horizonte, Setúbal, Portugal". Lá estava realmente esta zona sem qualquer construção.

Lá lhe expliquei que a imagem de satélite não estava actualizada, e que a imagem tinha pelo menos 5 anos, já que tinham começado a construir o prédio em finais de 2007. Parecendo mais sossegado, lá o acompanhei à cama, onde voltou a adormecer.
Fiquei curioso e tentei descobrir porque é que as imagens desta zona não eram actualizadas à quase 6 anos. Depois de uma intensa troca de emails, já era dia quando consegui uma explicação do servidor do serviço: "Enquanto não existir uma sentença no processo que pede a demolição deste prédio (chamaram-lhe mamarracho!), este local não vai ser actualizado, para que se possa continuar a ver como esta zona era bonita e verdejante antes de conseguirem aqui estas aberrações". Para eu poder mostrar ao meu filho (e por especial favor) sempre que ele tivesse estes pesadelos, forneceram-me as imagens actuais deste local.

O sol já vai alto. Vou dormir! Ainda bem que é domingo e que posso dormir até quando me apetecer.